Conheça as três grandes perspectivas teóricas sobre a leitura!
Neste post você vai conhecer três grandes perspectivas teóricas sobre leitura!
Será que a produção de sentidos de um texto está centrada estritamente no texto?
O pressuposto teórico que sustenta cada uma das diferentes perspectivas da leitura envolve uma visão diferente do que consiste o ato da leitura.
A perspectiva centrada no texto:
Nessa perspectiva, o foco está no que o texto/produto diz; a construção do significado resulta de extração de informações do texto (extração de sentidos) e opera-se com a proposta de um leitor universal – uma leitura possível (a determinada pelo texto). A leitura é vista como um processo ascendente – do texto para o leitor, em processamento ativado pelos dados. Um mesmo texto produz sempre os mesmos significados
A perspectiva centrada no leitor:
Nessa perspectiva, o foco está no que acontece na mente do leitor; o sentido é construído de modo descendente, ou seja, é baseado na experiência de vida do leitor e envolve conhecimentos linguísticos, textuais e enciclopédicos.
A perspectiva centrada na comunidade:
Nessa perspectiva, o foco está no fato de que a leitura é social, a construção do significado resulta do convencionado em uma comunidade/grupo e as leituras são situadas (é preciso estar inserido em práticas sociais). Nesse caso,
“[a] questão da qualificação e a existência de uma interpretação autorizada mostram [...] que a leitura não é um ato solitário, mas coletivo, exercido dentro de uma comunidade que tem suas regras e convenções. Ler é um verbo de valência múltipla: não se lê apenas adverbialmente, mas também direta e indiretamente, de modo acusativo e ablativo. Isto é, o leitor não lê apenas muito ou pouco; ele lê algo com alguém e para alguém”.
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De acordo com nossas pesquisas, defendemos, na esteira de Leffa (1999), que a abordagem de leitura mais produtiva é a interativa (entre texto, leitor e comunidade), com
[...] o pressuposto de que ela é necessária para uma explicação adequada e completa da leitura Essa explicação deve envolver não apenas aspectos essenciais do texto, do leitor e da comunidade discursiva em que o outro está inserido, mas também de que modo esses aspectos se autoinfluenciam. A abordagem interativa, na medida em que perpassa diferentes linhas teóricas, permite o estudo dos vários elementos que compõem a leitura, de maneira distribuída e equilibrada, evitando a centralização num único foco de interesse.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEFFA, V. J. Perspectivas no estudo da leitura: texto, leitor e interação social. In: LEFFA, V. J.; PEREIRA, A. E. (orgs.). Ensino de leitura e produção textual: alternativas de renovação. Pelotas: Educat, 1999. p. 13-37.
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